Flexibilidade Cognitiva: uma competência essencial
Bettyna Gau Beni
Consultora e cofundadora da Evoluigi
Deepak Chopra, médico conhecido mundialmente por suas práticas que integram corpo e mente, afirma que tudo o que acontece em nossa mente tem uma representação em nosso cérebro, e que tudo o que acontece em nosso cérebro encontra alguma correspondência em nosso corpo.
Essa compreensão pode nos ajudar na busca por diferentes formas de aprendizagem e desenvolvimento da flexibilidade cognitiva, uma das principais competências profissionais mencionadas no relatório do Fórum Econômico Mundial sobre o Futuro do Trabalho.
Flexibilidade cognitiva é a capacidade que temos de “pensar fora da caixa” e buscar diferentes estratégias para chegarmos a um objetivo.
No meu entendimento, a competência essencial que precede todas as outras. Ao conseguirmos desenvolvê-la estaremos no melhor caminho para aprendermos quaisquer outras competências, sejam elas técnicas ou comportamentais.
Charles Darwin, em 1859, já afirmava que: “_ Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças“. Será que ele já imaginava que viveríamos em um mundo VUCA: volátil, incerto, complexo e ambíguo?
E como podemos praticar a abertura para o novo?
Bem, podemos treinar a mente e/ou o corpo, pois um impactará no outro de alguma forma (lembra do Deepak Chopra?). Vamos começar pelo que é menos desconfortável para cada um de nós? Assim temos a chance de expandir a nossa zona de conforto aos poucos, e vamos criando o novo hábito sem maiores traumas e com mais possibilidade de sucesso.
Que tal se:
- Lermos livros sobre temas diferentes do nosso habitual?
- Ouvirmos músicas diferentes do que as que estamos acostumados?
- Irmos a lugares diferentes? Por caminhos diferentes?
- Dançarmos? Cantarmos? Nos alongarmos?
- Escovarmos os dentes e fazermos outras atividades com a nossa mão não dominante?
- Brincarmos de ser criança vez ou outra e experimentarmos fazer caretas, por exemplo?
Existem maneiras muito simples de começarmos a exercitar essa flexibilidade e favorecermos a formação de novas conexões neurais. O nosso cérebro é plástico, isso quer dizer que ele tem a capacidade de aprender e se adaptar. Ele somente precisa ser estimulado. E o estímulo só pode vir se nos conscientizarmos disso e, intencionalmente, dermos um passo em uma direção diferente do que a de costume.
Que tal se simplesmente experimentarmos o passinho da foto, tão conhecido pelos jovens de hoje?
Ouse, desafie-se, liberte-se! …E depois me conte!