Carreiras Reais: Milene, a pluralidade que representa muitas de nós

Bettyna Gau Beni
Consultora e cofundadora da Evoluigi

Desde muito pequena Milene pensava em sua carreira de um ponto de vista bem profissional, pois era a referência que ela tinha em casa, a partir dos seus pais.

Sempre muito ativa, com interesse por diversas coisas, diversas áreas, diversos temas, Milene sentia vontade de fazer vestibular de Turismo, Jornalismo, Relações Internacionais, Administração… enfim, queria muitas coisas. E tinha um interesse particular por Marketing e Propaganda, que chamava a sua atenção por ser algo que julgava inteligente e divertido.

Na dúvida, e na falta de um curso de Marketing na sua terra natal, Salvador (BA), naquela época, optou por cursar duas faculdades ao mesmo tempo: Comunicação Social com ênfase em Publicidade e Propaganda e Administração de Empresas. Além das faculdades, Milene fazia estágio. Então ficava com o seu tempo todo tomado e se considerava uma mulher de sucesso.

“Nessa época sucesso pra mim era estar seguindo as minhas escolhas e fazendo muitas coisas ao mesmo tempo.”

Pois bem, ela fez muitas coisas e se preparou de todas as formas, inclusive já fazendo planos para vir a São Paulo, SP, e conquistar o mundo.

Chegou a São Paulo em 1996 e, naquela época, queria ser uma executiva de sucesso, o que incluía uma carreira internacional.

A vida foi passando, algumas coisas aconteceram conforme planejado e outras não, e Milene conta que, olhando para o passado, entendeu que nem sempre tomou as melhores decisões, embora fossem as decisões possíveis em cada momento.

Assim como certamente todas as pessoas, Milene teve que lidar com frustrações. No seu caso, a maior delas foi não ter seguido a carreira internacional… ao menos até o momento! Como uma grande otimista que é, disse que a sua história ainda não acabou e que tudo pode acontecer.

Ainda assim, trabalhou para empresas de diferentes portes e segmentos e galgou posições até tornar-se uma executiva.

Ao longo da sua jornada, junto com o seu processo de autoconhecimento, surgiram dúvidas e reflexões que a levaram a uma constatação importante: gostava de muitas coisas e estava se tornando cada vez mais generalista e com equipes cada vez maiores. Mas também queria entendê-las com maior profundidade e sentia vontade em ter uma atuação de maior expertise. Então ir mais além na atuação como executiva talvez não fizesse mais muito sentido. Porque isso a distanciava do “colocar a mão na massa” e participar ativamente da realização das atividades.

“Eu gosto de fazer as coisas acontecerem. Sou uma formiga operária. Eu não quero ser a dona do formigueiro.”

Milene entendeu que uma das suas principais motivações sempre foi a “coisa da realização”, que hoje encontra na consultoria para a qual trabalha.

“Hoje eu sou um time de futebol inteiro, incluindo o gandula.”

Milene hoje se considera bem sucedida pelo fato de ter construído uma história, ter deixado o seu legado nas empresas por onde passou. Ela conta que fica a satisfação de um bom trabalho e de uma entrega reconhecida.

“Saber que o meu trabalho tem impacto em muitas pessoas é o que mais importa.”

Ela aprendeu muito com o mundo corporativo como, por exemplo, que entender o contexto político da organização onde se trabalha permite que uma pessoa navegue no ambiente com mais tranquilidade. Conhecer os principais stakeholders (as pessoas) faz parte desse contexto.

Sobre o seu maior aprendizado, sabe que todas as pessoas possuem uma potência incrível e entendeu que poderia apoiá-las a utilizar tudo isso, a colocar tudo isso pra fora.

“Quero despertar nas pessoas essa coisa de que todos podem brilhar.”

Aprendemos o tempo todo. Tudo é uma oportunidade de aprendizado, uma possibilidade de ampliar o repertório.

Milene entende ser fundamental que as pessoas entendam o quão importante é que elas não terceirizem suas carreiras. Cuidar da carreira é um investimento, e cada um deve fazer o investimento do tamanho da sua aspiração.

Milene sabe que ainda não chegou lá, e continua investindo em si mesma. E nos deixa uma mensagem final capaz de nos inspirar muito:

“É importante que cada um assuma o seu protagonismo, entenda que tem autonomia para fazer as suas próprias escolhas, perceba o quanto se projeta e o quanto consegue olhar para a sua história e reconhecer a sua trajetória.

É importante também entender do que você está disposto a abrir mão para chegar aonde você quer chegar, pois será necessário sair da sua zona de conforto e fazer a sua sucessão de escolhas com intencionalidade.”

Quer conhecer um pouco mais da Milene? Visite o seu perfil.

Bettyna Beni é Mentora de Vida & Carreira.  Sócia e consultora na Evoluigi. Sua paixão é apoiar pessoas na jornada do autoconhecimento para que elas cuidem da vida pessoal e da carreira, com olhar atento às saúdes emocional, espiritual, física, financeira, social, intelectual, familiar e profissional.
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